domingo, 25 de julho de 2010

Dia 7 de julho: Um dia negro. Da cor do Luto.

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O dia 7 de julho parece macabro. O Brasil chora pela vigésima vez, sem hipérboles, a morte de um ícone da música, Cazuza. Porém, a partir desse ano o nosso país se lamentará pela perda de Ezequiel Neves. O jornalista e produtor musical do grupo Barão Vermelho morreu aos 74 anos. Ironia absurda. O dia 7 de julho não parece, como eu disse acima. O dia 7 de julho é macabro. Lamentavelmente macabro.

Só de pensar nessa ideia toda a minha imaginação para escrever desaparece. Resolvi, pois, fazer um tributo. Uma homenagem simbólica diante da genialidade de Zeca e Cazuza.

No dia 7 de julho de 1990 morreu, no Rio de Janeiro, Agenor Miranda de Araújo Neto. Um dos mais lindos garotos cariocas, um dos mais loucos garotos cariocas, o mais exagerado garoto carioca. Ele era da Lapa e ele era de Ipanema. Ele era da Baixada e ele era de Copacabana. Ele era de qualquer lugar. Com apenas 32 anos, foi retirado de nós devido a um choque séptico causado pela AIDS. Ao seu enterro compareceram mais de mil pessoas, entre amigos, familiares e fãs. Era o queridinho das vovós, punha os pais malucos com suas loucuras, o Caju dos amigos e o ícone dos fãs. Lucinha, mãe de Cazuza, não permitiu que abrissem o caixão que, lacrado, foi coberto de flores e levado pelos ex-companheiros de Barão.

No dia 7 de julho de 2010 morreu, no Rio de Janeiro, Ezequiel Neves. Jornalista, produtor musical do Barão Vermelho, compositor e crítico musical. Zeca Neves lutava, há cinco anos,
contra um tumor benigno no cérebro, enfisema e cirrose. Incansável festeiro, sempre a mil por hora, Ezequiel Neves morreu aos 74 anos na Clínica São Vicente, na Gávea. O corpo foi cremado no Rio e as cinzas levadas para Belo Horizonte, onde nasceu.

Não posso dizer coincidência da vida. Não é destino. Há 20 anos o Brasil perdeu Cazuza. Esse ano, o Brasil perdeu Zeca. O dia 7 de julho poderia ter sido excluído do calendário se pudéssemos prever o que aconteceria. É irônico demais. Cazuza e Ezequiel não eram apenas parceiros em letras, como "Exagerado" e "Codinome beija-flor", eram amigos. Festeiros, animados e exagerados. Talvez tenham feito a música e o clipe baseados nas suas experiências boêmias. Eram ídolos, ícones. O que seria de Cazuza sem Zeca? O que seria de Zeca sem Cazuza? Mas, principalmente, o que vai ser de nós, meros mortais, sem esses dois gênios, sem esses dois poetas, sem esses dois EXAGERADOS?

Afinal, por que os bons têm que morrer?

terça-feira, 20 de julho de 2010

Por que o dia 13 de julho é o dia nacional do Rock?

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No dia 13 de julho de 1985, Bob Gedolf (cantor, compositor e humanitarista irlandês) e Midge Ure (guitarrista, cantor e compositor britânico) organizaram o Live Aid. O concerto de rock tinha o objetivo de arrecadar fundos para ajudar os famigerados da Etiópia. Os shows aconteceram em Londres, no Wembley Stadium, e na Filadélfia, no John F. Kennedy Stadium. Em Londres, reuniu cerca de 82.000 pessoas e na Filadélfia, 99.000 pessoas. Alguns artistas também se apresentaram em Sydney, Moscou e Japão. O Live Aid também foi transmitido por televisão e satélite, alcançando mais de 1,5 bilhão de espectadores em mais de 100 países.

Apresentaram-se artistas como The Who, Status Quo, Led Zeppelin, Dire Straits, Madonna, Queen, Joan Baez, David Bowie, BB King, Mick Jagger, Sting, Scorpions, U2, Paul McCartney, Phil Collins, Eric Clapton e Black Sabbath. Ou seja, os nomes mais requisitados se uniram em shows em prol da população da Etiópia.


Na verdade, o concerto foi concebido como a continuação de outro projeto da dupla Gedolf e Ure, o fantástico "Do They Know it's Christmas?", gravado por uma conjunção de músicos britânicos e irlandeses sob o nome "Band Aid".
Gedolf e Ure contaram com a primordial participação do promotor de eventos Harvey Goldsmith. Aos poucos, os nomes mais importantes do rock foram concordando em participar. O montante final arrecadado superou as expectativas inicias, 1.000.000 de libras. Mais de 150.000.000 de libras foram arrecadadas. Por conta de seus esforços Gudolf foi, posteriormente, condecorado com a ordem "Cavaleiro do Império Britânico".


O Live Aid começou às 12 horas (horário local) na Inglaterra e continuou às 13:51 horas nos Estados Unidos. As apresentações terminaram às 22 horas no Reino Unido e às 04:05 horas nos Estados Unidos. Concluiu-se que o concerto durou em média 16 horas.


No Estádio Wembley, os melhores momentos foram ao som do Queen, David Bowie, U2 e Paul McCartney. Já no Estádio JFK um dos melhores momentos foi quando Ron Wood tirou sua guitarra e ofereceu a Bob Dylan. Wood ficou parado no palco sem instrumento. Depois começou a tocar "air guitar" imitando Pete Townshend quando girou seus braços em círculos até que lhe trouxessem outra guitarra. Phil Collins se apresentou em ambos os lugares. Utilizando um Concorde, viajou de Londres à Filadélfia. Além de seu próprio set ele também se apresentou como baterista de Eric Clapton e de Led Zeppelin.


Após o sucesso dos shows, a nível mundial, o dia 13 de julho passou a ser conhecido como Dia Mundial do Rock. Também, pudera! Os principais nomes do rock reunidos em shows que visavam a solidariedade. O dia mundial do rock deve ser lembrado não apenas por homenagear um dos melhores ritmos musicais existentes. Ele deve ser lembrado como uma reflexão: o rock é solidário, o rock é necessário, o rock...merece SIM ter um dia só seu!

quarta-feira, 7 de julho de 2010

CAZUZA: Vespa solitária de ferroada muito dolorosa!

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Vespa solitária de ferroada muito dolorosa!

Segundo os dicionários de língua portuguesa, esse é o significado da palavra "cazuza". Mas, "cazuza', no nordeste, também que dizer menino, guri. De uma forma ou de outra, o apelido de Agenor, combina com ele, que descende de pai nordestino e, como artista, deu suas ferroadas com sua poesia.

As ferroadas de Cazuza:

Antes, considere isto: muita gente, sobretudo após ver o filme "Cazuza - O Tempo Não Pára", tem a impressão de que Cazuza era simplesmente um jovem libertino de classe média alta, que curtia sexo, drogas e rock'n'roll. Entretanto, aqueles que deixam de lado os preconceitos e que, antes de sair falando mal. primeiro conhecem a obra de Cazuza, em vez de julgá-lo pela obra que fizeram sobre ele, percebem facilmente que sua obra tem conteúdo, independentemente do que ele foi ou do que disseram que ele foi.

Agora sim: as ferroadas!

Na música Brasil, ferroadas socias e políticas:

"Não me convidaram para esta festa pobre que os homens armaram p'ra me convencer a pagar sem ver toda essa droga". Aí, Cazuza fala sobre o sistema de impostos, no qual quem mais paga é quem menos tem, e, dessa forma, acaba seguindo a sua "vidinha" sem tempo para perceber que pagam a festa da qual poucos desfrutam.

"Não me elegeram chefe de nada". Nessa parte é criticada a forma com que muitas pessoas conquistam as coisas através de apadrinhagem, protecionismo, troca de favores, etc, em vez de vencer pelo próprio mérito, enquanto outros, mesmo que se esforcem dez vezes mais, acabam conseguindo dez vezes menos.

"Brasil, mostra a sua Cara!" Quando Cazuza diz isso ele quer saber quem é que dá as cartas no País; quem está por baixo do pano comandando tudo; quem que influi no governo e que paga para sa coisas ficarem como estão em vez de confiar nos cidadãos, por isso pede "confia em mim".

"O meu cartão de crédito é uma navalha", com isso ele diz que a criminalidade é causada pela desigualdade social, onde uns têm cartão de crédito, enquanto outros têm que se virar como podem e os que não suportam essas dificuldades acabam apelando para o crime.

Na música "Só As Mães São Felizes", ferroadas filosóficas:

Começando pelo título, já se vê uma crítica ao conceito de felicidade que as pessoas têm. Só as mães são felizes porque a felicidade de ser mãe é um instinto, e um instinto é uma ação irracional, daí a felicidade, pois, por mais que se tentem racionalizar a felicidade, mais longe se fica de uma felicidade exata como a de ser mãe. (Relaxa! todo mundo tem que ler duas vezes para entender rsrs)

"Tomei champagne e cicuta com comentários inteligentes mais tristes que o de uma puta no barbarela às quinze para as sete". Aqui Cazuza mostra que a alta sociedade, com a sua suposta maior intelectualidade, não está livre de ser mais triste do que quem é discriminado por ela, e, mostra que se brinda para fazer média com os outros e se toma veneno, quando se diz o que realmente pensa.

E, ainda, há as ferroadas para defender a liberdade e os sentimentos dos indivíduos dizendo coisa como:
"O seu amor é uma mentira que a minha vaidade quer", em "O Nosso Amor A Gente Inventa"; "A solidão é a pretenção de quem fica escondido fazendo fita", em "Pr'o Dia Nascer feliz"; "Eu não posso causar mal nenhum a não ser a mim mesmo", em "Mal Nenhum"; "As paredes do meu quarto vão assistir comigo a versão nova de uma velha histrória", em "Down Em Mim"; entre outras.

Ah se todos fossem superficiais como Cazuza!...

Hoje faz vinte anos que vespa se foi, mas enquanto houver seus seguidores, aso ferroadas continuarão!!!



terça-feira, 6 de julho de 2010

CODINOME CAZUZA

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Filho de Lucinha Araújo com o produtor musical João Araújo, Agenor de Miranda Araújo Neto, mais conhecido como Cazuza nasceu no Rio de Janeiro em 04/04/1958, passou uma temporada estudando nos Estados Unidos. Na volta ao Brasil, matriculou-se num curso de teatro onde conheceu Léo Jaime que o levou ao grupo Barão Vermelho com quem gravou 3 discos ( o primeiro leva o nome da banda, BARÃO VERMELHO, o segundo é chamado de BARÃO VERMELHO 2, e, o terceiro, chamaram de MAIOR ABANDONADO). Em 1985 iniciou sua carreira solo emplacando logo de cara o hit “EXAGERADO”, que se tornou sua marca registrada.

Cazuza lançou seu segundo trabalho solo “SÓ SE FOR A DOIS”, em 1987. Em 15 de maio, iniciou uma turnê nacional mesmo depois de saber que era portador do vírus HIV, depois disso, passou dois meses em tratamento no hospital de Boston. Com a saúde já estabilizada, em 1988, gravou seu terceiro disco “IDEOLOGIA”, consagrando-se definitivamente. No mesmo ano faturou dois prêmios Sharp; o de melhor cantor e o de melhor música com 'PRECISO DIZER QUE TE AMO'.

Em 1989 Cazuza lançou o disco ao vivo “O TEMPO NÃO PÁRA” alcançando uma das maiores vendagens de sua carreira. No mesmo ano, foi lançado o álbum “BURGUESIA”, seu último registro musical. Cazuza nos deixou em 07/07/1990, o poeta mais exagerado da música brasileira viveu intensamente em todos os momentos, deixando sua marca nos corações de toda uma geração.

Após a morte de Cazuza sua mãe, Lucinha Araújo, criou a SOCIEDADE VIVA CAZUZA que atende crianças portadoras do vírus HIV.
Em 2004 foi a vez do filme “CAZUZA - O TEMPO NÃO PÁRA”, em 2005 o Barão Vermelho lembrou os 15 anos de saudades de Cazuza mostrando um dueto entre ele e Frejat realizado com a ajuda da tecnologia (com a música "CODINOME BEIJA- FLOR").

Cazuza continua vivo através de tributos e regravações, isso prova que o poeta não morreu. VIVA CAZUZA!

segunda-feira, 5 de julho de 2010

BOX RAUL SEIXAS: 10.000 ANOS À FRENTE

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Em se tratando de vendas póstumas, Raul Seixas está para o Brasil, assim como Elvis Presley está para os EUA – o fenômeno imortal do rock brasileiro é garantia de vendas como ocorreu nos seus 20 anos da morte, celebrados em 2009.

Em comemoração aos 65 anos que Raul Santos Seixas completaria em 28/06/2010, a Universal lança o box “10.000 anos à frente”, com seis álbuns de Raul – sua estreia solo “Krig-ha, bandolo!”, acompanhado dos também essenciais “Gita”, “Novo aeon” e “Há dez mil anos atrás”, além de dois discos de versões de clássicos do rock “Raul rock Seixas” e “30 anos de rock”. Os discos de inéditas marcam a fase de ouro do Maluco Beleza e sua parceria com Paulo Coelho.

Vendo e ouvindo os álbuns juntos, é possível entender melhor a carreira de Raul e sacar um pouco do seu projeto estético, filosófico, mistico e despojado. Além disso, os álbuns vêm com faixas-bônus, como “Caroço de manga”, da trilha sonora da novela “A volta de Beto Rockfeller”.

Raulzito foi e ainda é acusado de ser satanista, porém ele era “panteísta”, e, como os hinduístas, acreditava que deus está em tudo na natureza, como se pode observar muito claramente na música “Gita”. Mas muitos não entenderam que a questão com o diabo era mais uma provocação e até uma brincadeira com a religião cristã, que é mais uma no mundo que se presume a única correta. Sendo panteísta não teria como ele crer no diabo, já que não cria no deus cristão.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

RAUL SEIXAS "DE CABEÇA PRA BAIXO"

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Ainda na semana em comemoração aos 65 anos de Raul Seixas, aproveito para divulgar uma música, que não é das mais conhecidas, mas também não deixa de ser uma grande sacada de Raul Seixas.

Nela, Raulzito brinca com a nossa preocupação com o dinheiro, com a rotina, com a busca pelo paraíso e com a monotonia das responsabilidades cotidianas.

Na verdade, vejo isso como uma utopia, aliás, apenas um norte muito longínquo para o qual Raul sugere que caminhemos para sermos mais felizes, e, sinceramente, tenho a impressão de que é o que exatamante ele diz sem dizer.

Tire suas próprias conclusões e decifre a obra do poeta:

quinta-feira, 1 de julho de 2010

HOJE É 1° DE JULHO

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De um dos melhores discos da Legião Urbana, a música "1° de Julho" de Renato Russo, composta para Cássia Eller, não é tão famosa quanto "Dezesseis" ou "A Via Láctea" do mesmo disco, mas eu a colcaria no mesmo patamar de "Faroeste Caboclo" ou "Eduardo e Mônica" entre tantas outras.

A intenção desse post é mostrar para quem aida não conhece a faixa... ou para os que a amam e nunca vêem alguém falar dela.

Ouça:

CANTO PARA MINHA MORTE - RAUL SEIXAS 65 ANOS

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Este pequeno texto é em tributo ao aniversário de 65 anos de Raul Seixas, dia 28/06. Não consegui posta-lo aquele dia. Mas estou postando hoje, ainda na semana Raulseixista do blog.

É uma pequena homenagem a um grande poeta; um grande homem: o pai do rock nacional!

Ó Morte
Que leva os bons
Acabaste com o sonho
O brilho nos olhos
De um sonhador
Foi o dia em que a terra parou
Parou de verdade
Em homenagem aquele poeta
Aquele sonho
De mudar o mundo
A sociedade alternativa morreu?
Não!
Pelo menos enquanto vivermos

Por: Fusca Verde

TRIBUTO AOS 65 ANOS DE RAUL SEIXAS

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No último dia 28, Raul Santos Seixas completaria 65 anos de idade.

Postei uma homenagem a ele no meu canal do Youtube dedicado ao Rock Nacional .

Fiquei na dúvida entre duas músicas... mas aí estão as duas pra que você veja a que gostará mais:





Obrigado pelo acesso!

Linkwithin













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