quarta-feira, 30 de março de 2011

REPORTAGEM: Cazuza 53 anos; Raspas e restos te interessam?

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Raspas e restos te interessam?





Cazuza é um mito, um gigante como poucos. Sou bem eclética, mas, por mais que tente, sempre volto para ele. Passo pelo sertanejo universitário e de raíz, pela música eletrônica, pelo pop rock, pela bossa nova... e volto, de braços abertos, para os braços do menino dourado do sol de Ipanema.

Declarações eaxageradas de amor à parte, se me permitem o trocadilho, resolvi pesquisar a história de algumas letras de sua autoria. Muitas eu já sabia e, outras, foram até uma surpresa. Selecionei as três mais curiosas. Se você ainda não curte Cazuza, acredite, você vai começar agora. Partiu?

Codinome Beija-Flor:


Uma das mais belas e profundas composições de Cazuza. A voz doce e calma com oralidade marcada pela língua presa, é acompanhada só pelo piano e pelo violino. Cazuza escreveu essa música em uma de suas internações no hospital São Lucas, no ano de 1985. Ele estaria observando os pássaros na janela de frente para sua cama quando pediu para a enfermeira que pegasse seu diário e uma caneta. Há quem diga que a música foi feita para Frejat, outros dizem que foi para Ney e outros que foi uma homenagem ao personagem homônimo de uma novela da Rede Globo.

P.s.: "Dizer segredos de liquidificador" é uma forma poética de dizer algo relacionado a "massagear sua orelha com a língua".

Ideologia:


Essa já não é tão inesperada. Uma análise fria da letra mostra a agonia embutida nos versos. Ideologia foi composta quando a doença que matou Cazuza, conhecida como AIDS, começou a ser noticiada. A mensagem que o poeta quer passar é que o rock não pode ser o mesmo sem o sexo e as drogas, agora, prazeres que condenam a vida. O mais interessante é que as drogas já não forneciam apenas o perigo da overdose, que levou vários ícones do rock, mas também da contaminação de AIDS por injetáveis.

Boas Novas:


A música mais significativa da luta contra a doença. Na verdade, é também uma aceitação do futuro trazido pelo doença, sem, é claro, perder todo o charme da ironia que só Cazuza tem.
Afinal, "Senhoras e senhores, trago boas novas: eu vi a cara da morte e, ela, estava viva! VIVA!"

*

Cazuza era rei, era mestre, era poeta. Suas letras, suas músicas... é tudo tão nocivo que a gente nem sabe explicar. É o tipo de coisa que você não sabe de onde veio e nunca mais vai surgir quem faça igual. É rock, mas é rock à sua maneira. É poesia quase que "cartolizada".

E, no final das contas, eu acho que só tem uma maneira de explicar. Já que o racional complica, o ilógico meio que explica: Agenor: é mal de nome. Cartola que o diga!


P.s: Achei um blog suuuuuper legal que eu indico fácil para vocês. Li essa matéria e achei muito interessante. Oh, vale muito a pena. Vê lá:

5 comentários:

  1. huum muito interessante a enquete,cazuza e realmente um grande compositor

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  2. Excelente postagem, Louise! Parabéns!

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  3. Louise parabéns pela postagem, eu já sabia dessas histórias. Viva Cazuza!!!

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  4. Parabéns Louise!!!

    Viva o amor
    Viva a poesia
    Viva todos os poetas da música brasileira
    Viva Cazuzaaaaaaaaaa!!!

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